quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Yoga pós-parto ou Baby Yoga: depois de dar à luz, mãe e filho podem praticar yoga juntos
         
            O nascimento de um bebê, após nove meses de espera, é um presente! Poder olhá-lo, tocá-lo e acariciá-lo é maravilhoso, uma experiência única! Sua chegada renova e transforma completamente a vida de homens e mulheres, mas altera principalmente a rotina da mãe, que nos primeiros meses em especial, fica com a atenção focada nas necessidades do bebê: amamentar, acalentar, limpar, acarinhar, ninar... Muitas mães sentem falta de um momento seu, para cuidar de si mesma, de seu corpo que está tão modificado por conta da gestação, de sua mente que está tão atribulada com os afazeres e cuidados e também de suas emoções, que ficam um tanto conturbadas com tamanhas novidades.
            Após os três primeiros meses, período em que família e bebê estão se (re)conhecendo, os pequeninos já estão com mais sustentação corporal e demonstram mais interesse em interagir com outras pessoas e mais curiosidade nos estímulos externos. A mãe já está mais adaptada, com uma rotina mais estabelecida e começa a sentir falta de sair de casa e interagir socialmente. Poder realizar uma atividade onde mamãe e bebê participassem juntos, reforçando ainda mais o vínculo entre ambos seria maravilhoso não é?
            O Baby Yoga oferece essa possibilidade e é uma prática de yoga para mamães e bebês, que permanecem juntos durante toda a aula, visto que os asanas (posturas psicofísicas) são adaptados para que a mãe possa realizá-los com a participação de seu bebê, segurando-o ou mantendo-o muito próximo de si. Assim, ambos podem praticar e divertir-se, estreitando os laços e integrando-se ainda mais.
            A prática é focada no período pós-parto e visa promover o retorno da mulher às suas atividades físicas normais, após readaptação do corpo ao exercício, respeitando fatores físicos e psicossociais. Nas aulas, além das posturas (asanas), são realizados exercícios de respiração (pranayamas), de relaxamento e de aprofundamento do contato mãe-bebê (massagem shantala). Na parte final das aulas, são ensinadas noções de shantala, massagem para bebês provinda da Índia, trazida para o ocidente pelo médico Frédérick Leboyer. A shantala propicia uma enorme interação e uma grande troca de afeto entre pais e filhos, além de melhorar o metabolismo do bebê, ajudando nas cólicas e melhorando o sono.
            Praticar Baby Yoga proporciona benefícios tanto para as mães como para os pequenos. Para as mães, a prática melhora a postura, dá flexibilidade, força e resistência, fortalecendo os músculos e trabalhando o equilíbrio. Além disso, acalma a mente e aumenta o controle das emoções, contribuindo para o bem-estar físico e mental, prevenindo a depressão pós-parto. Mais calma, feliz e forte, ela transmitirá este sentimento para o filho. Para os bebês, a prática estimula a flexibilidade natural, a coordenação motora e o desenvolvimento. Além disso, o bebê se distrai, acalma e relaxa com os toques, balanços, músicas, mantras e massagens, o que contribui para um sono mais tranquilo e profundo. Toda essa interação faz com que mãe e filho criem um vínculo ainda mais forte.

Benefícios das aulas Baby Yoga:
·         Melhora a condição física e emocional da mulher;
·         Possibilita maior percepção do novo corpo e retorno mais rápido à forma, auxiliando no controle do peso corporal;
·         Fortalecimento do assoalho pélvico e períneo, do abdômen e de outros músculos que foram requisitados durante gestação e o parto;
·         Consciência e equilíbrio da respiração, proporcionando uma ampla oxigenação e melhorando a circulação sanguínea. Além disso, a respiração consciente e completa diminui a ansiedade e o cansaço, melhorando o humor e a disposição;
·         Melhora a postura e promove o fortalecimento da coluna, que merece atenção especial por conta da amamentação, já que há uma tendência a ombros caídos, músculos tensionados e postura inadequada, o que resulta em dores nas costas. Com a coluna fortalecida, a mãe terá menos dores e a capacidade respiratória aumentada, gerando bem-estar;
·         Aumenta a capacidade de relaxamento, beneficiando a qualidade do sono;
·         Proporciona um melhor autoconhecimento para lidar com a nova fase;
·         Melhora a auto-estima e auto-valorização, aumentando a confiança em si;
·         Ajuda a extravasar e eliminar conflitos e angústias;
·         Previne e diminui depressões pós-parto - estudos feitos no Canadá comprovam que as praticantes de aulas com bebês e em grupos pós-parto, que se sociabilizam, dividem suas dúvidas, trocam informações e se exercitam, sofrem menos de depressão pós-parto;
·         Fortalece o vínculo entre mãe e bebê;
·         Integração social, tanto das mães, que trocam experiências, quanto dos bebês, que interagem entre si.
                As aulas de Baby Yoga são descontraídas, agradáveis e unem ainda mais mães e bebês em um momento especial, dedicado aos dois! É uma maneira deliciosa de mulheres voltarem a praticar uma atividade física depois do parto, (re)aprenderem a descansar e recarregar suas energias, com a vantagem de poder ter o bebê ao seu lado. Além disso, é um momento de troca com outras mães. A duração da aula é de uma hora e é realizada em um ambiente arejado, com odor agradável e músicas relaxantes e tranquilas. Essa experiência é realmente inesquecível para muitas mulheres e também para os bebês, que se divertem durante as aulas.
Venha experimentar uma aula gratuita! Facilitadora: Regina Souza, doula (acompanhante de parto), instrutora de yoga para gestantes e pós parto (baby yoga).

sexta-feira, 23 de março de 2012

Um refúgio para si

Dentro de todos os seres, há uma fonte inesgotável de luz. Alguns a chamam Buda, Mestre Interno, Deus. Outros ainda, de Amor.

Todos possuem esta luz e não haveria necessidade alguma de buscá-la fora, tendo visto que é a nossa essência real mais profunda. Mas que seria esta Luz senão a própria consciência? A Luz é a Sabedoria e saber derivou-se de sabor. A consciência é o instrumento de experimentação do Universo Manifesto. Nossa consciência é o paladar da divindade experimentando o sabor da vida.

Tem sabedoria quem saboreia a existência, quem está pronto para correr o risco de experimentar. Necessário é aplicar abundante energia para decifrar os enigmas do existir. Esta energia é aplicada na atenção.

Quando entramos na vida material, nos foi dada a lanterna da atenção mental. A vida é como um grande salão mergulhado em trevas. Vamos descobrindo o que há neste recinto movimentando a lanterna da atenção e para onde quer que a apontemos, revelamos um aspecto a mais de nossa vida objetiva e subjetiva, e assim podemos evitar o que produz sofrimento e trazer à Luz da consciência aquilo que nos serve para produzir paz, saúde e felicidade.

Estudando detidamente a própria vida poderemos passar para outro recinto, afinal muitas são as moradas na Eternidade.

Ninguém pode acender a luz por você, nem apagá-la, visto que mesmo a morte não tem poder algum sobre ela. Você está sozinho neste processo. Mesmo quando nos agrupamos para a prática da contemplação meditativa, somente você pode acender esta luz e direcioná-la para a investigação dos múltiplos fenômenos. Mesmo quando a meditação é conduzida por outra pessoa, o que está acontecendo dentro de você permanece sempre no campo da intimidade, do subjetivo, do que não pode ser compartilhado nem encerrado nas palavras.

Buddha, em seu último sermão, às portas da Eternidade, declarou aos seus amigos:

“Sejam ilhas de vocês mesmos; sejam refúgio para vocês mesmos. Não tomem ninguém como refúgio de vocês. Sigam estritamente a verdade (...) Aferrai-vos fortemente à Verdade e dela não se separem jamais. Sejam suas próprias luzes, não se deixem guiar pelos ritos ou por qualquer pessoa que se diga mestre. Só há um caminho – a Verdade. As palavras que ouvirem, vocês devem analisá-las detidamente para saber se são corretas. Não se enganem nem se deixem enganar um só momento.”

Estas foram as últimas palavras de Buddha. Não existe Salvação fora da Verdade. Ela é o caminho, ela é a vida. Verdade é o que está dado a ver. Aplique a luz da consciência com equanimidade e energia, e então tudo estará claro e límpido.

A verdade não pode ser declarada. Diante da pergunta: “o que é a Verdade?”, Cristo também silenciou, pois ela não pode ser dita.

A Verdade só pode ser experimentada, saboreada, efetivamente vista através de seus olhos espirituais.

Aplicai-vos com afinco nesta descoberta e a Verdade vos libertará.

Tomo refúgio na Verdade!

Tomo refúgio na Sabedoria!

Tomo refúgio no Amor!

Vida Plena!